sábado, 4 de maio de 2013

Lixo: aonde você joga?

É inevitável sua produção, mas seria tão inevitável jogá-lo em qualquer local?

Apesar de o lixo poluir, causar alagamentos – por conta do entupimento dos bueiros –, favorecer a proliferação de insetos, causar sérios danos à saúde, além de poluição visual, há alguns cidadãos e empresas (públicas e privadas) que não se preocupam com a população, tampouco com o meio ambiente, dando um destino inadequado a este tipo de material.

Existem espaços para tratamento de resíduos (de todo tipo), serviços de coleta comum e seletiva, cestos de lixo ao longo das calçadas; porém, há também aqueles que simplesmente ignoram esses recursos e descartam desde um palito de picolé a resíduos químicos e hospitalares de modo incorreto, desconsiderando os danos a curto, médio e longo prazo que este tipo de atitude causa.

De acordo com o ramo de estudos da Biologia denominado Ecologia, a humanidade inventou o termo “Lixo” para conceituar os resíduos sólidos (e também os semi-sólidos ou líquidos) não biodegradáveis que produzimos ao longo de nossa existência, bem como os restos de alimentos – que são considerados como lixo orgânico.

Segundo o Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (p.26-27, 2001), os diferentes tipos de lixo podem ser agrupados em cinco classes:

1.    Lixo doméstico ou residencial
2.    Lixo comercial
3.    Lixo público
4.    Lixo domiciliar especial:
4.1. Entulho de obras
4.2. Pilhas e baterias
4.3. Lâmpadas fluorescentes
4.4. Pneus
5.    Lixo de fontes especiais:
5.1. Lixo industrial
5.2. Lixo radioativo
5.3. Lixo de portos, aeroportos e terminais rodoferroviários
5.4. Lixo agrícola
5.5. Resíduos de serviços de saúde.

Nesta postagem, abordar-se-á os Resíduos Sólidos Urbanos (RUs) que se constituem principalmente: do lixo domiciliar, comercial e do lixo das vias públicas.


Quantas vezes já nos deparamos com as seguintes cenas?


Imagem 1: Sujeira, alagamento, maus hábitos. (Clique sobre a imagem para vê-la em tamanho maior)
Evidentemente, o lixo é uma problemática. As condições e hábitos de vida de cada um influenciam fortemente na produção de lixo: consumo (“necessidade” de adquirir novos modelos de produtos, mais modernos), comportamento (maneira como nos relacionamos com o lixo, como o tratamos, aonde descartamos) etc..

A questão do comportamento é difícil de ser trabalhada, pois é uma questão cultural, entretanto, não é impossível. Por meio de políticas de conscientização e abordagens do assunto na escola – que, consequentemente, é também discutido em casa –, pode-se criar um instinto coletivo para que o problema “lixo” seja resolvido (ao menos em parte).

É fato que há lugares que não contam com o serviço de coleta, não possuem cestos de lixo nas calçadas etc.. Este é o outro lado do problema, a falta ou não cumprimento das políticas públicas relacionadas ao tratamento dos RUs.

No Jornal Folha de São Paulo (versão eletrônica), uma notícia publicada no dia 04 de abril do corrente ano, aborda o seguinte: “Rio quer aplicar multa de até R$ 3.000 a quem jogar lixo na rua” (clique no link para ler a notícia completa: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1259992-rio-quer-aplicar-multa-de-ate-r-3000-a-quem-jogar-lixo-na-rua.shtml). A atitude tomada, conforme alega a Prefeitura do Rio de Janeiro, é para “conscientizar a população”.  Ora, a adoção deste tipo de medida não é o suficiente para solucionar o problema. “Doerá mais no bolso, do que pesará na consciência”, ou seja, de certo modo, não levará ao pensamento crítico acerca do problema.


Quando o lixo é jogado no local correto...

Há, também, pessoas que se preocupam com o destino que darão ao lixo. Fazendo, inclusive, sua separação entre: Metal, Vidro, Papel, Plástico, Orgânico para facilitar a coleta seletiva e contribuir com a reciclagem.

Com atitudes como essa:
  1. Evitamos a poluição da água e degradação do solo;
  2. Evitamos o entupimento de bueiros, que causa alagamentos em consequência da impossibilidade de escoamento da água da chuva;
  3. Evitamos a proliferação de bactérias, vírus, insetos entre outros transmissores de doenças como: alergias, infecções intestinais, febre tifoide, peste bubônica, tifo, leptospirose;
  4. Aumentamos o tempo de vida na Terra, contribuindo para que os recursos naturais, a fauna e a flora durem mais tempo, entre outros fatores.

Imagem 2: Reciclar, uma alternativa. (Clique sobre a imagem para vê-la em tamanho maior)


Mostrar e levar a população à reflexão sobre: quanto lixo cada pessoa produz, o quanto seu descarte de modo incorreto é prejudicial à vida, e dialogar sobre pequenos (e possíveis) atos que gerarão melhorias nas condições de vida (gradativamente), poderia ser uma boa iniciativa para tornar bons os maus costumes.




Referências bibliográficas:

MONTEIROJosé Henrique Penido [et al.]. Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. Rio de Janeiro: IBAM, 2001. 


OBS.: Outras fontes: Anotações e apostilas (sem referências) das aulas de Biologia que frequentei entre 2006 e 2009. 


Referências iconográficas:

Imagem 1 (sites acessados em 04/05/2013):
Imagem 2 (sites acessados em 04/05/2013):

3 comentários:

  1. Dia desses, na Rede Record, foi apresentada uma matéria em que as pessoas que jogavam lixo nas ruas justificavam-se comentando que as outras pessoas também agem assim. Perpetuar uma atitude errônea sob a perspectiva de que se os outros fazem eu também devo fazer, não dá!
    Sabrina Costa

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  2. Olá Jéssica! Essa abordagem sobre a coleta e depósito de lixo vem desde os meus tempos de escola primária (1970) rsrs. Existia uma campanha na televisão em que o personagem central era o "SUGISMUNDO", uma figura masculina que vivia sujo e jogava lixo em qualquer lugar e não gostava de tomar banho.Essa campanha tinha o mesmo objetivo das atuais: conscientizar a população do modo correto de descartar o lixo. O que mudou? Bem, pouca parte da população tem iniciativa própria e é consciência mas, a maioria não tá nem aí e se portam como porcos. Tô certa ou tô errada?

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  3. Olá pessoal!
    Leiam esse texto é super interessante.
    Temos que começarmos a agir, nos conscientizarmos sobre a questão do lixo, da coleta seletiva. Se cada um de nós fizermos a nossa parte e incentivarmos as outras pessoas, vizinhos por exemplo. Estaremos contribuindo para mudar essa situação.

    Destino do lixo urbano

    Um dos principais problemas ambientais da atualidade é a grande produção de lixo, pois esse processo tem como consequência a liberação de gases que promovem o efeito estufa e a poluição das águas subterrâneas e superficiais. Esse fenômeno é uma das consequências do aumento populacional nas cidades, da intensificação do modelo consumista, do uso de produtos descartáveis, além do modismo, pois existe uma “necessidade” de se adquirir objetos mais modernos.

    O lixo é também um problema socioeconômico, visto que grandes quantias de dinheiro são destinadas à coleta e tratamento do lixo urbano. No aspecto social, vários indivíduos são afetados pela concentração de lixo nas cidades, que causam proliferação de insetos, transmissão de doenças, poluição visual, entupimento de bueiros, entre outros.

    As origens do lixo urbano são as mais distintas, e ele é classificado em:

    Domiciliar: alimentos, papéis, plásticos, vidros, papelão, produtos deteriorados, etc.
    Industrial: cinzas, lodos, metais, cerâmicas, madeira, borracha, resíduos alcalinos, etc.
    Hospitalar: embalagens, seringas, agulhas, curativos, gazes, ataduras, peças atômicas.
    Lixo tecnológico: computadores, pilhas e aparelhos eletrônicos em geral.

    A coleta do lixo deve ocorrer de acordo com a sua classificação, pois os tratamentos finais desses resíduos são diferentes. O lixo hospitalar, por exemplo, tem que ser incinerado, queimado em forno de micro-ondas ou tratado em autoclave. Porém, não é o que acontece na maioria das cidades.

    A falta de estrutura e empenho dos políticos em solucionar o problema do lixo tem como consequência a existência de lixões a céu aberto em várias cidades. O destino adequado para o lixo urbano é o aterro sanitário, construído em áreas adequadas, com profissionais qualificados e estrutura para o tratamento dos gases e do chorume. Outra alternativa é a incineração dos resíduos, no entanto, esse método é muito caro, sendo inviável em muitos casos.

    O mais importante, porém, é a conscientização da população, e isso pode ser promovido através da utilização da Política dos 3 R’s: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. A coleta seletiva é uma das alternativas mais eficientes para reduzir o lixo, além de ser uma forma de contribuir para os catadores de materiais recicláveis. Portanto, através de simples atitudes e mudanças de comportamento todos os habitantes podem colaborar para reduzir a produção de lixo.

    http://www.brasilescola.com

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